QUANTAS PESSOAS VOCÊ CONHECE QUE SÃO HOJE, O QUE DIZIAM QUERER SER QUANDO CRIANÇAS?
Sabe… Eu sempre admirei aquelas pessoas que desde cedo souberam o que queriam ser quando crescessem.
E eu APRENDI que ainda existe uma certa distância entre QUERER e FAZER.
Eu sempre gostei de lidar com pessoas, sempre fui muito responsável, “enturmada” e muito popular na escola, universidade e também nas festas, é claro hehe.
Quando chegou o momento de decidir o que fazer na faculdade, revelo que tentei vários cursos e todos eles na área da saúde.
Foi quando senti no meu coração que eu havia nascido para cuidar.
Chegou o momento de decisão e optei, por seguir na graduação em enfermagem.
E há quase 20 anos iniciei minha jornada universitária, vivenciei os maravilhosos momentos que uma Universidade pode proporcionar a qualquer aluna bem-disposta a ela.
Foi um caminho de muito aprendizado, lutas e muitas diversões.
Compreendi na faculdade que o curso de enfermagem era um oceano azul a ser explorado.
E logo, me inteirei de tudo o que eu poderia ou não fazer ao me formar, e me veio a vontade de abrir um negócio na “área de saúde”.
Mesmo ainda sem saber o que, mas o fato era que eu teria uma empresa!
Assim que me formei, meu sonho era trabalhar em hospital, preferencialmente em PS ou UTI.
Mas, acabei contratada para atuar na Gestão de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Confesso que este não era, nem de longe, o setor dos “meus sonhos”.
Mas como estratégia, pensei: “começo atuando nessa área e assim que surgir uma vaga no PS ou UTI, demonstro meu interesse nela”.
Resultado: vagas surgiram e eu nunca fui transferida.
Eventualmente, estavam gostando do meu trabalho e eu vi uma oportunidade, de viver algo que não estava nos meus planos – no meu controle.
Desta forma, segui no setor e este mais tarde foi o que me proporcionou abrir o meu primeiro negócio (formalizado com CNPJ).
Pois eu já vinha empreendendo na área como autônoma desde que me formei.
Como enfermeira da CCIH, compreendi que o trabalho pode ser muito bem feito; e repleto de resultados, mas longe de ser “perfeito”.
O comprometimento dos envolvidos nos processos: pacientes, familiares, profissionais de saúde e gestores; faz sim toda a diferença para atingirmos o resultado da promoção de um trabalho seguro e com riscos minimizados para todos.
Tais processos “imprescindíveis e obrigatórios”, muito “burocratizados”, foram dificultando novos interessados em conduzir esse perfil de serviços.
Dessa maneira, a oportunidade de “terceirizar” uma gama de serviços me surgiu.
Finalmente, a empresa foi “tomando forma”. Quanta felicidade!
Os sonhos se realizando, clientes satisfeitos, cursos e palestras surgindo, legislações sanitárias “cada vez mais específicas” para a melhoria dos processos, tudo “parecia” indo bem.
E de repente os meus indicadores de satisfação pessoal já não eram os mesmos.
Talvez você se pergunte, mas como assim Cris Karla? Pois é, eu estava muito feliz, muito contente, mas não satisfeita.
Eis que chega 2015, porém, o ano já dava todos os indícios de que seria desafiador.
Problemas relacionados ao nosso País, a saúde brasileira sempre em evidência e quase nunca por bons motivos.
Essa tal crise brasileira, somada à burocratização dos serviços, bem como à insatisfação dos usuários nos serviços, dos gestores e profissionais de saúde…
Mantém visível o quanto a questão sanitária permanece “abalada”.
Observamos muitas tentativas “in glória” para “curar” o modelo atual de saúde, a fim de oferecer o que há de melhor aos usuários, à infraestrutura, mais burocratização, disso ou daquilo.
Porém, vemos poucas estratégias voltadas aos profissionais de saúde que “cuidam” e estão notoriamente com a “saúde física e emocional adoecida”.
Aprendi muito sobre pessoas e comportamento humano nesses anos como enfermeira, consultora e gestora da CASS Consultoria.
No entanto, a verdade é que, em nenhuma destas situações e potenciais situações profissionais senti que estava a “viver todo o meu potencial” e, apesar de ter bons resultados…
Na realidade não estava me sentindo completa como pessoa e nem como profissional!
Infelizmente, eu via muitas coisas nos ambientes pelos quais eu passava que iam contra aquilo que eu acredito.
E o “meu conjunto de crenças” não permitia concordar, aceitar, achar normal, algumas dessas situações que me abalou “física e emocionalmente”.
Então, resolvi parar e repensar a minha vida pessoal e profissional.
Nesse momento senti a necessidade de “desacelerar” e “olhar para dentro”, para entender e compreender o que estava acontecendo.
Busquei por autoconhecimento, um caminho que nos auxilia a contornar emoções negativas e a evitar a frustração.
Senti que precisava “conectar” alguns fios soltos “aqui dentro” – na cabeça e no coração – e percebi que isso tinha a ver com a minha essência, com o meu propósito.
Afinal, alegria e felicidade – se lembra disso? – são sentimentos que sempre fizeram parte de mim.
E nesse momento, me recusei a acreditar que o trabalho não dá prazer ou ainda que ele precise ser duro, difícil ou custar muito.
E foi assim, após um “forte impacto emocional” que…